Dieta Integrativa

“FILOSOFIA DA DIETA INTEGRATIVA”
por Drª Ana Moreira

A dieta integrativa é aquela sugerida por médicos que trabalham em Medicina Integrativa: propõe uma maneira de comer mais consciente e deve ser encarada como uma filosofia de vida.

Pressupõe que comamos duma maneira mais natural, dando prioridade sempre à qualidade das matérias-primas que consumimos. O objectivo é procurar um estilo de vida que nos ajude a prevenir as doenças crónicas, que são as epidemias do mundo atual.

Uma das bases em que assenta esta dieta é a prioridade na ingestão de alimentos naturais, ou seja, alimentos não processados e que não contenham aditivos sintéticos.

Devemos ingerir vegetais frescos, legumes, arroz integral, frutos secos crus e incorporar algas, sementes, quinoa e azeite extra virgem na nossa alimentação diária.

Idealmente devemos comer maior quantidade de proteína vegetal e diminuir a ingestão de proteína animal, sendo que a que ingerimos deve ser de melhor qualidade (por exemplo preferir ovos biológicos e frango do campo).

A alimentação influencia diversos campos da nossa vida; por exemplo, para aumentar a concentração de uma criança nas aulas devemos evitar os açúcares simples ao pequeno-almoço e ingerir uma ração de proteínas (frutos secos, ovos e sementes) que ajudam a evitar quebras de glicose a meio da manhã, prevenindo assim a desconcentração e a falta de atenção.

A saúde da microflora intestinal influencia a saúde mental, pois ajuda a evitar os altos e baixos no “estado de espírito”, porque influencia o nível de neurotransmissores circulantes.

Um trânsito intestinal correto é fundamental para manter a flora intestinal saudável, e para isto devemos:

– Beber 1,5L de água por dia
– Ingerir grande quantidade de verduras e legumes
– Incorporar sementes moídas e frutos secos no regime
– Dar preferência aos cereais integrais.

A alimentação é fundamental como factor de risco na maioria das doenças crónicas, logo, se nos alimentarmos de uma maneira mais correta estamos a tomar medidas para prevenir doenças como diabetes, síndrome metabólico, doenças cardiovasculares e até o cancro.

Claro que existem diversos factores que contribuem para o desenvolvimento das doenças, mas a alimentação é um dos poucos que podemos controlar.

Seguir um regime e filosofia integrativa não cura o cancro “per se”, mas pode diminuir o risco do fator ambiental, além de que pode contribuir para a sua melhoria uma vez que não alimentamos as células tumorais.

Tão importante como o que comemos é como cozinhamos, para evitar perdas de valor nutricional; assim devemos:

– Cozinhar lentamente a baixas temperaturas
– Evitar deixar queimar os alimentos
– Evitar os alimentos fritos
– Privilegiar cozinhar em papelote de silicone (evitando o alumínio) pois permite uma maior preservação dos nutrientes, uma vez que os alimentos não entram em contacto com a água e são cozinhados nos seus próprios sucos.
– Reaquecer os alimentos a baixas temperaturas e nunca mais de uma vez.
– Os materiais e utensílios de cozinha devem ser de qualidade, para não contaminarem os alimentos.

Existem no mercado alguns materiais menos resistentes que se degradam facilmente, contaminando a comida; como é o caso do alumínio, teflon e plástico que podem libertar partículas tóxicas. O mais adequado para cozinhar são os tachos e sertãs de aço inoxidável de qualidade, de titânio ou de cerâmica sem verniz.

Quando pensamos em nos alimentarmos devíamos pensar que o que estamos a ingerir, vai influenciar a saúde das nossas células, ou seja, de todo o organismo. Procure bibliografia de referência, para conseguir orientar-se.

Todas estas opiniões são meramente informativas e não dispensam o conselho do seu médico, nem salvaguardam casos de alguma patologia em particular.